Em «O Passeio de Deus – poesia & aforismo»,
Ângelo Rodrigues guia-nos por percepções e buscas interiores…
Existe o Ângelo Rodrigues literato, poeta, declamador e músico, entre outras matérias susceptíveis de serem arte. Também existe como Miguel d’Hera na pintura. Um prolongamento da visão da vida, sem palavras, mas em pinceladas pictóricas. (…)
Neste livro, publicado em Outubro de 2007, «O Passeio de Deus – poesia & aforismo», o autor desenvolve uma terapia do espírito e uma viagem por inquietudes e desejos incontidos de provocação. Manipula ideias como instrumentos de subversão interior. Aforismos são preceitos morais, sentenças ou máximas. Aqui são, mais que tudo, princípios sem fim, ou fins com continuidade. (…)
Completa-se este escrito, com um extracto do que vem dito na contracapa do livro em apreço: «Ângelo Rodrigues é um resistente, eclético, ecuménico, um criador-de-absoluta-insatisfação; é também um humanista do desejo e da ousadia, um provocador de impossíveis, um moscardo farpizante de conservadorismos e de estabilidadezinhas; um arauto da diferença; um místico do devir».
Quantos são os mistérios da escrita
No seio da imensidão
Do nosso universo linguístico!
As pausas,
Os silêncios…
Sempre as palavras,
Que nos comovem
Ou nos fazem explodir!
Sentimos o enigma do Mundo
Na sua dis-persão e re-união…
Uma inquietante estranheza inicial
Coloca-nos na face dos Mistérios,
Insondáveis,
Da Natureza
E do Homem.
Ficamos atónitos.
E o silêncio regressa,
Apesar de toda a prosologia.
Iniciamos a próxima viagem,
Em todo o nosso peregrinar,
Tão genuíno quanto o canto dos pássaros.
A todo o instante,
Fazem escutar,
Quão maravilhosas Criaturas,
Os seus hinos de celebração da Terra,
Que sempre acolhe os nossos passos,
Tão pesados quanto a massa do Mundo.
Caminhamos para uma nova era,
E nunca sabemos
Para onde correm os rios!…
Os rios do “obscuro” de Éfeso,
Que nos doou essa maravilhosa metáfora
Da sucessiva transformação
De todas as coisas…
Sempre outras…
Sempre outras…
Sempre as mesmas…
Sempre as mesmas…
Num eterno retorno,
Marcado pelos traços
Da esmagadora infinitude.
Isabel Rosete
De Joana a 25 de Abril de 2009 às 23:19
Conheço a poesia do Ângelo e gosto imenso. Aconselho este livro a toda a gente.
Lurdes Fonseca
De Carlos Rodrigues a 9 de Janeiro de 2010 às 13:19
Às vezes brado ao Céu, mas é quando sofro ou me sinto como se o mundo fosse um deserto e eu fosse o único camelo nele existente. sei que estou sozinho na maneira como compreendo os infinitos.
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